Vai dobrar a meta, Petrobras (PETR4)? O motor que fez a estatal acelerar e superar um recorde

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“Nós não vamos colocar uma meta. Nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta” — essa é uma das frases ditas por Dilma Rousseff enquanto era presidente e que virou até meme nas redes sociais, mas que também pode ilustrar o último feito da Petrobras (PETR4). 

A estatal atingiu 2,78 milhões de barris por dia (boed) na produção total de óleo e gás natural em 2023, um desempenho 3,7% acima do registrado em 2022. 

Já a produção comercial de óleo e gás natural alcançou 2,44 milhões de boed e a produção de óleo somou 2,24 milhões, segundo a companhia. 

Os números superaram o planejamento do Plano Estratégico E23-27 e ficaram em linha com as projeções de produção revisadas em novembro de 2023, dentro da faixa de 2,0%, para cima ou para baixo.

O motor da Petrobras

 Como destaque de 2023, a Petrobras atingiu recorde anual de produção total própria de óleo e gás natural no pré-sal, com 2,17 milhões boed, superando o recorde anterior de 1,97 milhões de boed, em 2022, e representando 78% da produção total.

 A companhia também atingiu o recorde de produção total operada de óleo e gás natural com 3,87 milhões de boed, superando o recorde anterior de 3,64 milhões boed, de 2022.

A Petrobras informou ainda que entraram em operação no ano passado quatro novas plataformas, que contribuíram para o resultado operacional — em maio entraram o FPSO Anna Nery e o FPSO Almirante Barroso; em agosto, o FPSO Anita Garibaldi, e, em dezembro, o FPSO Sepetiba.

Ao longo do ano de 2023, segundo a estatal, foram alcançadas as capacidades máximas de produção de óleo das plataformas P-71, no campo de Itapu, do FPSO Guanabara, no campo de Mero e do FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios. 

Este último, ocorrido em outubro de 2023, menos de 5 meses após o 1º óleo, um recorde no pré-sal.

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As reservas da Petrobras

A Petrobras informou também que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da SEC (US Securities and Exchange Commission), resultaram em 10,9 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2023. Deste total, 84% são de óleo e condensado e 16% de gás natural.

“Em 2023, a Petrobras manteve sua trajetória de adição significativa de reservas (1,5 bilhão de boe), com foco em ativos rentáveis e em alinhamento com nossa busca por uma transição energética justa”, disse a empresa.

O índice de reposição orgânica de reservas (IRRorg), isto é, desconsiderando efeitos dos desinvestimentos, alcançou 168% da produção de 2023, tornando o triênio de 2021 a 2023 o de maior IRRorg da história da companhia, atingindo o valor de 207%.

Já a adição de reservas ocorreu, segundo a Petrobras, em função do bom desempenho dos ativos, com destaque para os campos de Búzios, Tupi e Atapu, na Bacia de Santos, e da declaração de comercialidade dos campos não operados de Raia Manta e Raia Pintada, na Bacia de Campos.



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