A Polícia Civil investiga a morte do engenheiro César Henrique Rinhel, de 50 anos, assassinado em dezembro de 2023, em uma oficina da zona Norte de Ribeirão Preto.

O corpo da vítima foi localizado em uma fazenda na zona rural de Serrana, após trabalhadores de uma usina terem avistado um carro suspeito na propriedade.

Na última sexta-feira (26), a polícia realizou a reconstituição do caso para entender a participação dos dois homens presos, suspeitos de terem participado do crime. O caso é investigado como homicídio, ocultação de cadáver e associação criminosa.

Quem era a vítima?

O engenheiro César Henrique Rinhel tinha 50 anos e morava em Batatais, cidade na região de Ribeirão Preto.

De acordo com a polícia, o homem comprou uma caminhonete e foi abordado por policiais. Após verificação, foi constatado que o veículo era produto de crime e tinha suas características adulteradas.

Por conta disso, César foi preso por suspeita de receptação, passou por audiência de custódia e pagou fiança para ser liberado. Aos policiais ele disse que desconhecia a procedência criminosa do automóvel que havia adquirido com o dono da oficina.

Como foi o desaparecimento?

No dia 14 de dezembro, a vítima teria vindo a Ribeirão Preto, para acompanhar um amigo que fazia tratamento na Santa Casa da cidade. Os dois vieram no carro do paciente.

Após deixar o amigo no hospital, César teria utilizado esse veículo para ir até a oficina, que fica na rua Sergipe, no bairro Campos Elíseos, zona Norte da cidade, e depois não foi mais visto.

Onde a vítima foi localizada?

O corpo do homem foi encontrado em uma fazenda na zona rural de Serrana, na região de Ribeirão Preto, na madrugada do dia 15 de dezembro, após trabalhadores de uma usina terem avistado um carro suspeito na propriedade.

Eles estavam pulverizando manualmente a plantação de cana, quando viram um VW/Gol prata na área. A equipe de segurança da usina foi acionada, mas quando a equipe chegou ao local, o carro não estava mais lá.

A polícia científica foi até o local e acompanhou a retirada do cadáver. Sobre ele havia uma substância branca, aparentando ser cal, o que apontaria uma tentativa de aceleração da decomposição.

Na época, o corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) para realização de exames necroscópica, de DNA e toxicológico.

E quem são os suspeitos?

Um dos suspeitos foi preso no mesmo dia em que o corpo foi localizado. Ele foi encontrado com o carro do amigo do engenheiro, em Minas Gerais. A polícia também prendeu um segundo homem suspeito de participar do crime.

Estão presos desde dezembro Sullyvan Mike Tavares de Sousa e Hugo César Silva Dias. Segundo a polícia, César teria sido morto após confrontar Hugo, o dono da oficina, sobre o veículo adquirido.

O advogado Cassiano Figueiredo, que defende os dois suspeitos do crime, diz que um deles confessou ter matado o engenheiro por legítima defesa.

“No dia do homicídio, César veio e aparentava estar armado e estava armado, segundo a versão de Hugo. Com isso, Hugo para se defender, efetuou dois únicos disparos que atingiram o César. Sullyvan só aparece após algumas horas do homicídio e contribuiu apenas na ocultação do cadáver”, disse o advogado, em entrevista a EPTV.

Ainda de acordo com o advogado, Sullyvan Mike participou do crime ajudando na ocultação do cadáver. Agora a polícia investiga a participação de outras duas pessoas no crime.

A suspeita é de que elas tenham ajudado a esconder o corpo do engenheiro.

“Acreditamos que a responsabilidade das outras pessoas seriam nos outros crimes, não na morte [da vítima]. A gente está apurando a responsabilidade de cada um deles. Esse é o objetivo dessa reprodução simulada ”, disse o delegado Rodolfo Latif Sebba.

*Com informações da EPTV

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