A Vulcabrás (VULC3) acaba de amarrar os cadarços de seu Mizuno e se prepara para iniciar uma nova corrida na bolsa brasileira: a da oferta de ações (follow-on) milionária.
A fabricante das marcas Olympikus e Under Armour confirmou que pretende lançar follow-on de até R$ 500 milhões na B3 para aumentar a liquidez das ações e conquistar novos investidores para a base de acionistas.
A empresa projeta que a operação levante no mínimo R$ 250 milhões — mas pode dobrar de valor caso haja demanda para um lote adicional, de acordo com fato relevante enviado à CVM no fim da noite de quinta-feira (25).
Inicialmente, a potencial oferta de ações da Vulcabrás deve ser constituída de distribuição primária — isto é, quando os recursos levantados vão diretamente para o caixa da empresa.
Basicamente, a empresa pretende usar o dinheiro para pagar dividendos e colocar mais dinheiro no bolso do dono. Segundo o comunicado, a intenção é destinar os recursos captados com o follow-on para reforço de caixa e novas distribuições de proventos.
As ações da Vulcabrás acumulam alta de 7% no que vai de 2024. Em um ano, a valorização dos papéis VULC3 chega a 87%.
A oferta de ações da Vulcabrás (VULC3)
Embora o negócio ainda não tenha sido oficialmente lançado no mercado, pelo menos uma parte da demanda pelas ações da Vulcabrás (VULC3) está garantida.
A companhia já recebeu três compromissos de investimento “irrevogáveis e irretratáveis” para a aquisição de até R$ 252 milhões na oferta — acima do montante base estimado para a potencial operação —, considerando o preço de R$ 18,50 por ação.
A gestora Absolute se comprometeu a adquirir até R$ 50 milhões em ações no follow-on.
Já o grupo de acionistas Âncora Controle garantiu a compra de até R$ 175 milhões de papéis na oferta de ações.
Enquanto isso, a Guepardo Investimento pretende abocanhar até R$ 27 milhões em novas ações VULC3 na potencial operação.
Segundo o fato relevante enviado à CVM, a Vulcabrás (VULC3) estuda lançar o follow-on no mercado “considerando suas informações financeiras mais recentes”, referentes ao período de nove meses até 30 de setembro de 2023.
A companhia de calçados já contratou o BTG Pactual Investment Banking, o Banco Itaú BBA, o Banco Santander Brasil e a XP Investimentos como coordenadores para avaliar a viabilidade e estruturar a potencial oferta.
Porém, até o momento, nenhuma decisão definitiva sobre a realização da oferta de ações ou de outras transações do tipo foi tomada.
Isso porque a operação está sujeita à obtenção das aprovações necessárias, além de fatores como condições do mercado de capitais brasileiro, políticas e macroeconômicas.