Segundo suspeito na morte de executivo dos EUA chega a Ribeirão Preto

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Homem admite que participou do crime, mas garante ter sido fatalidade, que não houve a intenção de matar

Por: Alfredo Risk e Adalberto Luque

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O homem apontado como a segunda pessoa presente ao local onde Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho foi encontrado morto chegou, no final da tarde desta quinta-feira (25), em Ribeirão Preto. Ele foi escoltado forte aparato policial, pelas equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Grupo de Operações Especiais (GOE), ambos da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC) de Ribeirão Preto.

Marcelo Fernandes da Fonseca, de 28 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira, na cidade de Diadema, região metropolitana da Capital. Morador de Ribeirão Preto, no bairro Avelino Alves Palma, Fonseca estava escondido na periferia da cidade na Grande São Paulo. Ele foi descoberto após trabalho de investigação da DEIC.

O primeiro a ser preso foi Gabriel Souza Brito, também de 28 anos. Ele foi capturado em Nova Iguaçu (RJ) no dia 15 de janeiro. Trazido para Ribeirão Preto, foi interrogado segunda-feira (22) e teria passado apenas o apelido de Fonseca para os policiais civis.

Homem admitiu ter participado da morte de Beto Braga, mas disse ser “fatalidade” (Foto: Alfredo Risk)

Na chegada à delegacia, o segundo envolvido no crime disse que esteve no local, mas que o crime foi uma fatalidade. “Não tem que explicar nada. Simplesmente foi uma fatalidade. Em nenhum momento tivemos a intenção de tirar a vida de ninguém”, disse.

Ele também informou que não houve luta. “Não foi um assassinato. Fomos contratados para ‘domar’ o Beto. Ele queria ser ‘domado’. Nesse momento, dele ser ‘domado’, não sei se por uso de drogas, quando a gente foi ver, ele já estava roxo. Foi uma fatalidade”, revelou.

Ao ser questionado do fato de Beto Braga ter tido os pés amarrados, ele disse que fazia parte do serviço contratado e não quis mais falar com a imprensa. Segundo o delegado Targino Donizete Osório, responsável pelo caso, Fonseca deve ser ouvido nos próximos dias e, na próxima semana, deve ser feita uma reconstituição com os dois envolvidos, no local onde o crime ocorreu.

Brito teria passado o apelido do segundo envolvido durante depoimento e investigações evoluíram até sua prisão (Foto: Alfredo Risk)

Durante a prisão de Fonseca, seu celular foi apreendido e Osório acredita que isso possa ajudar ainda mais nas investigações. O celular de Beto Braga ainda não foi localizado.

O caso

Beto Braga veio passar as festas de final de ano com a família, que mora em Ribeirão Preto. Ele chegou no dia 19 de dezembro e, no dia 28, disse que iria sair com amigos. Seu corpo foi encontrado no quarto de um imóvel de locação para curtos períodos, próximo à Avenida do Café, Vila Amélia, zona Oeste de Ribeirão Preto, no dia 30 de dezembro.

O corpo apresentava sinais de ter sido estrangulado com o uso de algum tipo de tecido, possivelmente uma camiseta. O celular da vítima sumiu e, antes que o corpo fosse encontrado, um homem ligou para a família de Beto dizendo ter achado o aparelho. Chegou a marcar um encontro com a mãe do executivo para devolvê-lo, mas não compareceu.

 

Na próxima semana polícia deve fazer reconstituição no local onde Beto Braga foi encontrado morto (Foto: Redes Sociais)

O dono do imóvel, que aluga os quartos por meio de aplicativo, disse que a pessoa que alugou para o encontro com Beto já havia alugado diversas vezes antes, sem dar problemas. Depois de investigações e uso de inteligência policial, os agentes conseguiram encontrar Brito no Rio de Janeiro.

Após o depoimento, Brito teria dito apenas o apelido da outra pessoa que afirma ter participado do crime. As investigações evoluíram e Marcelo Fernandes da Fonseca foi preso em Diadema. Ele foi trazido para Ribeirão Preto onde será interrogado. Não foi informado se ele tem advogado.





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