Quando Elon Musk anunciou uma redução nos preços dos carros da Tesla (TSLA34) em dezembro de 2022, causou surpresa — o bilionário sempre foi contra a prática de descontos para impulsionar as vendas.
Mas o que era uma estratégia para conter os efeitos dos juros altos, acabou se tornando um mecanismo que veio para ficar.
A Tesla reduziu na terça-feira (16) os preços dos carros Modelo Y em vários países da Europa, uma semana depois de anunciar valores menores para os Modelo 3 e Modelo Y na China.
A fabricante de veículos elétricos de Musk também reduziu os preços dos automóveis vendidos na Alemanha, França, Noruega e Holanda, de acordo com os sites da empresa em cada um desses mercados.
Por trás dos descontos da Tesla na China
A concorrência no mercado de veículos elétricos está cada vez mais quente, com a Tesla enfrentando uma série de outras fabricantes de veículos.
A BYD, chinesa apoiada pelo lendário investidor Warren Buffet, destronou a Tesla como a maior fabricante de veículos elétricos do mundo em 2023.
Não à toa, a empresa de Musk anunciou reduções de preços para o Modelo 3 e Modelo Y na China.
A Tesla deu descontos de 6% no Modelo 3 e de 11% para o Modelo Y com base nos valores praticados em dezembro do ano passado, segundo dados da JL Warren Capital.
Na Europa, a Tesla enfrenta a concorrência ferrenha da Volkswagen. A alemã se tornou a rainha dos veículos elétricos, superando as vendas da empresa de Musk no ano passado.
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Guerras atrapalham negócio da Tesla na Europa
Mas os negócios da Tesla não estão sendo afetados apenas pela concorrência na Europa. As operações da empresa de Musk estão sendo afetadas por perturbações no Mar Vermelho, depois de o grupo Houthis ter lançado ataques a navios que atravessavam uma das principais rotas marítimas do mundo, causando estragos no comércio global.
Como resultado da turbulência no Médio Oriente, a Tesla disse que suspenderia a maior parte da produção de automóveis na fábrica de Berlim-Brandenburg na semana passada, citando a falta de componentes devido a mudanças nas rotas de transporte.
*Com informações da CNBC