Adolescente de Ribeirão Preto escala quatro montanhas em 10 dias

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O ano começou com uma grande conquista para Kauã Bermal, de 16 anos. O jovem realizou quatro escaladas vulcânicas na região da Cordilheira dos Andes, a maior do mundo quando o assunto é extensão, em apenas 10 dias.

O adolescente, que é natural de Ribeirão Preto, começou a praticar montanhismo aos 8 anos. Desde pequeno recebeu apoio do pai, Filipe Bermal, que inclusive foi o primeiro brasileiro a cruzar a pé o Deserto do Atacama – 450 km solo sem apoio ou ajuda motorizada.

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Aos 11 anos, o jovem se aventurou em uma das travessias mais desafiadoras do Brasil, a Serra Fina, que percorre as mais altas montanhas da Serra da Mantiqueira.

Neste ano, Kauã decidiu se aventurar ainda mais e, ao lado do pai, escalou quatro vulcões (um em atividade) no Deserto do Atacama, para ser mais exato, um dos locais mais áridos e secos do planeta.

“Eu sabia que era capaz e estava pronto. De passinho em passinho fui subindo. A cada cume e montanha que fui conquistando, foi me dando mais força para a próxima montanha”, contou Kauã Bermal, em entrevista ao portal a cidade on.

O pai do jovem acredita que ele se tornou a primeira pessoa do Brasil nesta idade a realizar o feito.

O trajeto

Kauã e Filipe chegaram ao ponto de partida no dia 5 de janeiro e começaram a aventura no dia seguinte. O pai do jovem conta que o percurso foi realizado de forma “ininterrupta, com um dia de intervalo de um vulcão para outro”.

A Cordilheira dos Andes abriga centenas de montanhas acima de 5 mil metros do nível do mar, um verdadeiro parque de diversões para quem gosta da modalidade de montanhismo, trekking e alta montanha.

Foi algo bem desafiador, tanto físico como mental. Em vários momentos me passou pela cabeça em desistir, tanto pelas horas caminhando, como pelo frio, neve, pressão da altitude e dificuldade em respirar”, disse Kauã.

Quais foram os vulcões escalados?

Para conseguir fazer a ascensão vulcânica, o pai de Kauã conta que precisou realizar um trabalho de aclimatação, para que o filho se adaptasse a altitude e aridez do local.

Na altitude em que foram feitas as escaladas, o ar se torna rarefeito, ou seja, os aventureiros chegaram a ter entre 30% e 40% de oxigênio, o que dificulta ainda mais atingir o cume de cada montanha. Veja quais foram os locais da escalada:

  • Vulcão Cerro Toco – 5.604 metros de altitude
  • Vulcão Lascar (em atividade) – 5.600 metros de altitude
  • Vulcão Colorado – 5.760 metros de altitude
  • Vulcão Sairecambur – 5.986 metros de altitude

Próximos passos

Kauã e o pai continuam nos Andes até o final de semana. A expectativa é de que os dois retornem a Ribeirão Preto no dia 21, no entanto, o jovem já sabe quais são os próximos passos.

Além de continuar auxiliando o pai, que possui um refúgio voltado para esportes de aventura na Serra da Canastra, Kauã quer realizar uma escalada de 6 mil metros de altitude.

 

“Meu pai me incentivou a não desistir, subir calmo e devagar a cada passo. Eu aprendi ali que não é só o esforço físico que conta, mais sim o meu psicológico. Estou muito feliz comigo mesmo e pronto para o próximo desafio, que agora é quebrar a barreira dos 6 mil metros”, disse o jovem.

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