Júri entendeu que houve homicídio privilegiado, isto é, quando o autor teria agido por fortes emoções ou provocação da vítima
Por: Adalberto Luque
Marcelo Lopes de Farias, de 68 anos, foi condenado, nesta segunda-feira (15), pelo homicídio de Hugo Rayol, de 82 anos. O crime ocorreu em 16 de fevereiro de 2022 na Rua Vicente Oranges, Lagoinha, zona Leste de Ribeirão Preto.
Por decisão da maioria dos sete jurados, ele foi considerado culpado pelo crime. O juiz José Roberto Bernardi Liberal o condenou por homicídio privilegiado, proferindo sentença de 8 anos e 10 meses de reclusão, em regime prisional semiaberto mantido o decreto de prisão preventiva, por infração ao artigo 121, “caput”, §§ 1º e 4º, segunda parte, do Código Penal.
Em análise jurídica, o homicídio privilegiado é considerado quando a conduta do agente for motivada por compreensível emoção violenta, compaixão, desespero ou motivo de relevante valor social ou moral, ou ainda por provocação da vítima, que diminua sensivelmente a sua culpa.
O caso
Hugo Rayol foi encontrado ensanguentado, caído na entrada de seu imóvel. O socorro foi acionado, mas a morte foi confirmada no local. De acordo com a PM, o autor dos cinco disparos, Marcelo Faria, estava próximo ao corpo quando confessou o crime e entregou a arma usada. Ele foi preso e conduzido para Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro de Ribeirão Preto.
A PM preservou o local para os trabalhos periciais da Polícia Científica. O homem teria confessado para a Polícia Civil que os desentendimentos com o vizinho eram antigos e começaram havia cerca de 20 anos. Imagens de uma câmera de segurança mostram a vítima empunhando uma espada e caminhando em direção à casa do autor. Depois mostram ele voltando apressado, perseguido pelo réu, que disparou várias vezes. A vítima morreu ao ser atingida na cabeça por disparos de arma calibre 32.
