‘Enem dos concursos públicos’ deve acontecer a cada dois anos e abre vagas para 21 órgãos do governo — veja como se inscrever

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As inscrições para o chamado ‘Enem dos concursos públicos’ estão cada vez mais próximas. O prazo para os cadastros para o Concurso Público Nacional Unificado está marcado para iniciar no dia 19 de janeiro e se estenderá até 9 de fevereiro.

A prova acontecerá em 5 de maio e será realizada em dois turnos, de manhã e de tarde. Os exames serão aplicados simultaneamente em 220 cidades.

A taxa de inscrição será de R$ 60 para vagas de nível médio e de R$ 90 para vagas de nível superior. 

Os candidatos que estão no Cadastro Único (CadÚnico), que cursaram ensino superior pelo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) ou pelo ProUni (Programa Universidade para Todos) e quem fez transplante de medula óssea não pagam a inscrição.

As inscrições serão feitas pela plataforma gov.br, com preenchimento de formulários e anexação de documentos que constam em edital. Para se inscrever, será necessário ter conta no portal de qualquer nível (ouro, prata ou bronze).

A expectativa é de que haja entre 2 e 3 milhões de inscrições, segundo a ministra da Gestão, Esther Dweck.

O concurso unificado reúne 6.640 vagas no serviço público federal, com oportunidades em 21 órgãos diferentes.

De acordo com a ministra, a intenção do governo é realizar esse tipo de concurso a cada dois anos.

“Esse concurso é uma das maiores inovações de se pensar o Estado brasileiro e faz parte da nossa lógica de transformação. (…) Toda inovação gera dúvidas. Depois que as pessoas conhecerem os detalhes, nossa ideia é que se torne algo permanente, provavelmente não anualmente, mas algo como bianual”, disse a ministra em entrevista coletiva.

As vagas do ‘Enem dos concursos’

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos publicou ontem no Diário Oficial da União o edital do Concurso Público Nacional Unificado. 

O edital do que o governo tem chamado de “Enem dos concursos” trouxe os conteúdos das provas e os critérios de classificação e desclassificação. 

As inscrições serão abertas em 19 de janeiro. Na inscrição, o candidato deverá escolher uma das carreiras, que foram agrupadas em blocos temáticos: 

  • Administração e finanças públicas; 
  • Setores econômicos;
  • Infraestrutura e regulação; 
  • Agricultura; 
  • Meio ambiente e desenvolvimento agrário; 
  • Educação, ciência, tecnologia e inovação; 
  • Políticas sociais, Justiça e saúde; 
  • Trabalho e Previdência; 
  • Dados, tecnologia e informação e nível Intermediário.

O concurso unificado permitirá a disputa por mais de um cargo, desde que dentro do mesmo bloco temático. 

O candidato pode classificar as vagas de interesse de acordo com a preferência e definir a prioridade para a chamada.

A seleção possui cotas específicas: 5% para candidatos portadores de necessidades especiais e 20% para candidatos pretos. Na Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), 30% das vagas também serão reservadas para candidatos de origem indígena.

A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será feita no dia 3 de junho. Já os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. 

Em 5 de agosto, será iniciada a etapa de convocação para posse e realização de cursos de formação.

O concurso público unificado

A opção pelo modelo de prova unificada no concurso público atende à necessidade de reposição do quadro de servidores, muito desfalcado em algumas carreiras.

Além disso, esse tipo de seleção diminui o custo de realização das provas para o governo, uma vez que permite que mais órgãos sejam atendidos no mesmo edital. 

De acordo com o Ministério da Gestão, nos últimos seis anos, o governo federal perdeu por volta de 73 mil servidores.

O processo seletivo para o ‘Enem dos concursos’ ainda foi anunciado enquanto o governo enfrenta pressão de categorias por reajuste de salários, reposição de servidores e melhores condições de trabalho.

No início do mês, servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) anunciaram paralisação das atividades de fiscalização da instituição por melhores salários e condições de trabalho.

A contratação de servidores é uma das principais reivindicações dos funcionários do órgão. Hoje, só 49,2% dos servidores especialistas em ambiente estão em atividade.

Além dos funcionários do Ibama, auditores fiscais também estão parcialmente em greve há pelo menos 50 dias pedindo reajuste de salário. De acordo com a categoria, 30% do efetivo é mantido nas aduanas do Brasil.

Por outro lado, algumas categorias foram beneficiadas por aumentos, como a Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).



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