Padre de SP é condenado à prisão por crime de injúria racial contra garçom

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A Justiça de São Paulo condenou o padre Wendel Ribeiro, da Diocese de São José dos Campos, por crime de injúria racial. O julgamento diz respeito a um caso que aconteceu em 2021.

Segundo informações do processo, o padre foi denunciado por um garçom, que alegou ter sofrido discriminação racial. Hoje a vítima tem 64 anos, e o caso aconteceu quando ele trabalhava em uma pizzaria.

Ainda segundo a denúncia, o padre teria se recusado a receber comida das mãos do garçom e afirmado que não queria ser servido por  “aquele pretinho”. A declaração foi feita à outro funcionário, no balcão.

Este funcionário teria relatado, em depoimento, que o padre já havia demostrado arrogância com outros funcionários da pizzaria. Diante dos fatos, a vítima procurou a polícia e denunciou.

O acusado, por meio de sua lastimável e desprezível conduta, ofendeu a ‘dignidade da vítima afrodescendente em razão de sua raça e cor’, humilhando-o. E realmente ele não dispensaria esse tratamento ‘a outro grupo em razão da cor e etnia’”, escreveu o juíz do caso.

O padre foi condenado a um ano de prisão, mas não deve ser preso. A decisão da Justiça determina que a pena deve ser substituída por prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas. O padre ainda pode recorrer da decisão.

Vale lembrar que, desde o ano passado, o crime de injúria racial foi equiparado ao crime de racismo, o que leva a punições mais severas.



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