Cesta básica recua em 15 de 17 capitais  

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O valor da cesta básica encerrou o ano passado em queda em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Só Belém (PA) e Porto Alegre (RS) caminharam na contramão das demais no período, com altas de 0,94% e 0,12%, respectivamente.

Campo Grande (MS) liderou o ranking de baixa no valor da cesta básica de alimentos, com recuo de 6,25% no custo, seguido por Belo Horizonte (- 5,75%), Vitória (- 5,48%), Goiânia (- 5,01%) e Natal (- 4,84%). No mês passado, o maior custo da cesta básica de alimentos foi registrado em Porto Alegre (R$ 766,53), seguido por São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Em São Paulo, o custo caiu 3,83% em 2023.

Em Ribeirão Preto, a cesta básica subiu de R$ 630,83 em novembro para R$ 650,42 em dezembro, acréscimo de R$ 19,59 e alta de 3,11%, a maior inflação desde maio na cidade, quando o índice de preços do kit básico de alimentos começou a ser monitorado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). Foi a terceira alta consecutiva no trimestre. 

A inflação acumulada nos últimos nove meses aumentou de -2,1% para 0,91%. A coleta de dados foi feita no dia 19 de dezembro pelos analistas do Instituto de Economia Maurílio Biagi da Acirp. A equipe visitou onze supermercados/hipermercados e quatro panificadoras distribuídas pelas cinco regiões do município. 

Capitais Carne bovina e óleo de soja, produtos que foram sinônimo de inflação em 2022, viraram o jogo no ano passado. Dos 13 alimentos que integram a cesta básica, carne bovina de primeira, feijão carioquinha, café, óleo de soja e farinha de trigo registram queda de preço em todas as 17 capitais pesquisadas em 2023, com recuos acumulados no ano na casa de dois dígitos.

A carne bovina de primeira ficou até 12,96% mais em conta no varejo de Salvador (BA), enquanto o preço do óleo de soja caiu até 33,04% em Curitiba (PR). Já o preço do leite, outro vilão da inflação, recuou em 16 capitais, com recuo de até 16,81% em Vitória (ES). Os produtos com alta de preços no ano foram arroz agulhinha, feijão preto, pão francês, açúcar, batata e farinha de mandioca.

Apesar do alívio no orçamento das famílias por conta do recuo nos preços da comida, combinado com a valorização do salário mínimo e política de transferência de renda, os técnicos do Dieese alertam que há desafios importantes a serem enfrentados para o custo dos alimentos neste ano.

Entre os fatores que poderão acarretar alta de preços, estão problemas climáticos, conflitos externos e o câmbio desvalorizado, que estimula a exportação. Na capital paulista, o valor da cesta básica apresentou queda de -3,83% entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023, e ficou em R$ 761,01, o segundo maior valor entre as 17 cidades pesquisadas pelo Dieese.

Entre novembro e dezembro de 2023, os preços dos gêneros alimentícios tiveram elevação de 1,57%. Em doze meses, sete produtos tiveram redução de preço entre dezembro de 2022 e o mesmo mês de 2023: óleo de soja (-30,89%), feijão carioquinha (-19,42%), carne bovina de primeira (-11,10%), farinha de trigo (-7,09%), leite integral longa vida (-5,17%), café em pó (-4,80%) e manteiga (-0,82%).

Outros seis produtos tiveram alta acumulada de preço: arroz agulhinha (26,24%), açúcar refinado (11,14%), batata (3,91%), pão francês (3,15%), banana (2,98%) e tomate (2,23%). Entre novembro e dezembro de 2023, houve elevação do preço médio de oito produtos.

São eles batata (14,73%), feijão carioquinha (5,77%), arroz agulhinha (3,45%), banana (3,26%), óleo de soja (2,51%), açúcar refinado (2,05%), tomate (1,37%) e pão francês (0,45%). Os valores de outros cinco itens tiveram redução: café em pó (-0,85%), farinha de trigo (-0,63%), manteiga (-0,58%), leite integral longa vida (-0,32%) e carne bovina de primeira (-0,20%).

 



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