Au revoir, Paris? O que está por trás da saída da primeira-ministra

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Quem anda pelas belas ruas de Paris pode se deparar com o Palácio do Eliseu, localizado no coração da capital da França. O luxuoso prédio que abriga a residência oficial do presidente do país esconde, no entanto, as dificuldades de um governo que está prestes a passar por uma mudança. 

Não, Emmanuel Macron não vai deixar o comando da segunda maior economia da Europa, mas sua administração está prestes a passar por uma transformação que tem como objetivo driblar as dificuldades recentes. 

A primeira mudança veio nesta segunda-feira (8), com a renúncia da primeira-ministra, Elisabeth Borne, do cargo. 

No sistema francês, o presidente define as políticas gerais, mas o primeiro-ministro é responsável pela gestão cotidiana do governo — o que significa que muitas vezes pagam o preço quando uma administração entra em turbulência.

A dança das cadeiras na França

Em 20 meses como primeira-ministra, Borne, de 62 anos — a segunda mulher chefe de governo da França — promoveu reformas importantes nas pensões e na imigração em cerca de 30 novas leis.

Mas Macron achou que era hora de mudar. Tanto que na semana passada o presidente francês consultou figuras-chave da política francesa — incluindo François Bayrou, um líder centrista cujo apoio inicial a Macron foi fundamental para o seu sucesso eleitoral em 2017; o ministro das Finanças, Bruno Le Maire; e o ex-primeiro-ministro Edouard Philippe — sobre o revigoramento do governo. 

Borne permanecerá no cargo para cuidar dos assuntos atuais até que um novo primeiro-ministro seja nomeado.

Os dois principais candidatos para o cargo, até o momento, são Sébastien Lecornu, o ministro das Forças Armadas, de 37 anos, e Julien Denormandie, o ex-ministro da Agricultura, de 43 anos, que é próximo de Macron há uma década.

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É hora de mudar, Macron

Macron pretende reviver o seu segundo mandato depois de 2023 ter sido dificultado por protestos em massa contra a reforma das pensões, tumultos urbanos e um desastre na lei de imigração. 

E essa necessidade não é à toa. O partido político de Macron não tem maioria no parlamento e ainda corre por fora o fato de a líder da extrema direita, Marine Le Pen, estar reivindicando vitória ideológica com as medidas recém aprovadas na França.

Tudo isso acontece em meio a outras baixas. No mês passado, por exemplo, o mnistro da Saúde, Aurélien Rousseau, saiu do governo em protesto. 

Além disso, outros importantes membros do gabinete de esquerda manifestaram preocupações enquanto o governo cedeu aos conservadores linha dura em pontos que incluíam a limitação do acesso a benefícios estatais para imigrantes recém-chegados e uma reforma do direito de cidadania por nascença.

*Com informações da CNN e do Politico



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