Confira as dez maiores baixas do Ibovespa em 2023  — e a ação que conseguiu cair mais que a Americanas (AMER3) na B3

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Entre muitos altos e baixos, a bolsa brasileira teve um ano bastante positivo após o rali nos últimos dois meses de 2023. Mas os dias de glória do Ibovespa não foram uma realidade para boa parte das companhias negociadas na B3. 

Apesar da melhora nos mercados com sinais de alívio nos juros nos Estados Unidos e a redução das preocupações fiscais por aqui, muitas empresas tiveram de encarar seus “demônios” particulares em 2023. 

Esse foi o caso, por exemplo, das Casas Bahia (BHIA3). A varejista, que enfrenta um longo período de reestruturação, trocou de nome e ticker mais uma vez na B3 em 2023, mas nada disso evitou a perda expressiva de valor de mercado da companhia, que passou dos 80% em 2023.

Nos últimos instantes do ano, a Casas Bahia  também enfrentou o risco de  deixar o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira. Contudo, o “problema” foi solucionado com o recente grupamento de ações. 

Confira as maiores quedas do ano entre as empresas que fazem parte do Ibovespa: 

CÓDIGO NOME ULT VARANO
BHIA3 Casas Bahia ON R$ 11,38 -81,03%
PCAR3 GPA ON R$ 4,06 -40,64%
BEEF3 Minerva ON R$ 7,47 -38,87%
PETZ3 Petz ON R$ 3,95 -36,70%
ALPA4 Alpargatas PN R$ 10,12 -32,89%
RECV3 PetroReconcavo ON R$ 21,72 -31,35%
ASAI3 Assaí ON R$ 13,53 -30,22%
RRRP3 3R Petroleum ON R$ 26,28 -29,28%
SOMA3 Grupo Soma ON R$ 7,45 -25,65%
CVCB3 CVC ON R$ 3,50 -22,05%
Fonte: B3

O ranking do Seu Dinheiro foi elaborado com base na carteira do Ibovespa no último dia de pregão de 2023 — 28 de dezembro — e dados disponíveis pela B3 e Broadcast. 

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Fora do Ibovespa: Americanas (AMER3) não foi a maior queda

Ao considerar as mais de 400 empresas listadas na B3, a maior surpresa foi constatar que a Americanas (AMER3) não foi a companhia com o pior desempenho na bolsa brasileira, 

Relembrando: em janeiro, a companhia anunciou a descoberta de um rombo contábil de mais de R$ 20 bilhões. Em consequência, a varejista entrou em recuperação judicial e as ações derreteram 90,57% na B3 no acumulado do ano.

Em dezembro, a empresa conseguiu a aprovação dos credores para o plano de recuperação, que prevê a injeção de R$ 24 bilhões em capital.

Desse total, R$ 12 bilhões virão dos acionistas de referência — o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. A outra metade virá dos bancos, que toparam converter parte das dívidas em ações da Americanas.

Mas o título de ação com maior queda na B3 em 2023 não ficou com a Americanas, e sim com outra companhia que está em recuperação judicial.

A incorporadora PDG Realty, que entrou com pedido de recuperação ainda em 2017, acumulou queda da ordem de 97% em 2023. 

No último balanço, a companhia apresentou prejuízo de R$ 226 milhões no terceiro trimestre, 93% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior. 

As ações da Sequoia Logística (SEQL3) também aparecem como destaque negativo da B3 neste ano, com uma queda de mais de 87%.

A empresa sofreu com a desaceleração do comércio eletrônico e o impacto dos juros altos sobre o endividamento. Em outubro, a companhia lançou uma operação de debêntures conversíveis em ações para tentar reequilibrar o balanço. 

Por fim, a Oi (OIBR3) acumulou baixa de mais de 65% na B3 depois de algo inusitado: entrou em recuperação judicial pela segunda vez, poucos meses depois de conseguir escapar do primeiro processo. 



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