Os receios de que a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza pudesse engolir o Oriente Médio ganharam novos contornos nesta quarta-feira (27). 

Os rebeldes Houthi, do Iêmen, lançaram uma nova ofensiva contra navios de carga no Mar Vermelho, enquanto os EUA levaram a cabo ataques contra alvos no Iraque.

Os militares norte-americanos realizaram ataques retaliatórios contra três instalações no Iraque ligadas ao Kataib Hezbollah, segundo informações do Pentágono.

A ofensiva aconteceu depois que três militares dos EUA ficaram feridos em um ataque unilateral com drone realizado pelo grupo militante alinhado ao Irã.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse em um comunicado que “não há maior prioridade” do que a proteção das tropas e dos interesses norte-americanos.

“Embora não procuremos agravar o conflito na região, estamos empenhados e totalmente preparados para tomar outras medidas necessárias para proteger o nosso povo e as nossas instalações”, afirmou Austin.

O governo iraquiano classificou os ataques dos EUA como “uma violação inaceitável da soberania iraquiana” e enfatizou que os ataques de grupos armados contra bases militares que abrigam conselheiros da coalizão liderada pelos EUA são considerados atos hostis e violam a soberania iraquiana. 

Ainda tem o Mar Vermelho…

As tensões também aumentam no Mar Vermelho. Na terça-feira (26), os Houthi lançaram um novo ataque com drones contra um navio porta-contentores operado pela MSC que se dirigia para o Paquistão.

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“O braço naval das forças armadas do Iêmen realizaram uma operação de direcionamento contra o navio comercial, ‘MSC UNITED’, com mísseis navais apropriados”, disse Yahya Sare’e, porta-voz das Forças Armadas do Iêmen, em uma postagem no X (ex-Twitter). 

O Comando Central dos EUA também anunciou que um destróier norte-americano e caças F/A-18 abateram 12 drones, três mísseis balísticos antinavio e dois mísseis de cruzeiro de ataque terrestre que foram disparados por militantes Houthi sobre o sul do Mar Vermelho durante um período de 10 horas na terça-feira. Não houve danos a navios na área ou relatos de feridos, segundo o Pentágono.

Analistas já alertaram para o risco de o conflito Israel-Hamas se espalhar pelo Médio Oriente de maneira mais ampla, no meio de hostilidades por parte de grupos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah, os Houthi e a administração síria de Bashar Assad.

*Com informações da CNBC e da Reuters