Dois sentimentos do dia a dia que intoxicam o corpo

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“Largar a raiva é como beber veneno e esperar que a outra pessoa morra”, diz um popular ditado atribuído a Gautama Buddha. E é justamente sobre isso que vamos falar hoje: o ato de perdoar e abandonar o ressentimento.

Longe de ser uma tarefa fácil, lidar com essas emoções é uma tarefa complexa que pode afetar profundamente o bem-estar pessoal de uma pessoa.

Dois sentimentos do dia a dia que intoxicam o corpo

Créditos: iSTock

Dois sentimentos do dia a dia que intoxicam o corpo

Dois sentimentos do dia a dia que intoxicam o corpo

Ressentimento, raiva, mágoas… Em nossas vidas, essas emoções tendem a surgir em diversas situações: discussões com a pessoa amada, injustiças presenciadas, ou até mesmo memórias amargas de tempos passados.

A grande questão é que, quando permitimos que essas emoções negativas ganhem força, elas acabam funcionando como verdadeiros destroços para um dos nossos bens mais preciosos: o cérebro.

Como a raiva e o ressentimento podem afetar o cérebro?

Em um estudo da Universidade de New Hampshire, pesquisadores explicam que, a princípio, sentimentos como o ressentimento podem funcionar como um escudo, ofuscando a verdadeira fonte da raiva e proporcionando uma falsa sensação de controle. No entanto, existem consequências sérias e indesejáveis escondidas por trás dessa aparente segurança.

A exposição excessiva à raiva e ao ressentimento pode modificar o comportamento do cérebro, principalmente se esses sentimentos forem cultivados desde a infância, fase em que o cérebro mais se desenvolve.

O que a ciência diz sobre o perdão e a saúde mental?

Diversas pesquisas mostram que o ato de perdoar pode trazer benefícios surpreendentes para a saúde como redução do risco de ataque cardíaco, melhora dos níveis de colesterol e do sono, redução da pressão arterial e dos níveis de ansiedade, depressão e estresse.

Por outro lado, pessoas que guardam rancor são mais propensas a sofrer de depressão grave e transtorno de estresse pós-traumático, além de outros problemas de saúde, segundo pesquisadores do Hospital John Hopkins.

A boa notícia é que é possível treinar o cérebro para lidar de maneira mais saudável com as emoções negativas.

O que podemos fazer para lidar com a raiva e evitar o ressentimento?

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde australiano sugere algumas estratégias, como retirar-se temporariamente de situações estressantes até se sentir mais calmo, reconhecer e aceitar as emoções como normais e parte da vida, tentar identificar os motivos pelos quais se sente raiva, praticar atividades físicas e conversar com alguém de confiança sobre seus sentimentos.

Como bem diz Jackie Delger, neuropsicoeducadora e Life & Business Coach, “aqueles que optam por focar no positivo geram novos neurônios a partir de células-tronco cerebrais”.

Passado, presente e futuro: podemos reprogramar nossas emoções?
Sim. Segundo Fernández Castaño, os circuitos cerebrais podem ser modificados para melhor através de práticas constantes de meditação ou atenção plena. E Delger complementa, destacando a importância de técnicas como visualização, liberação de emoções aprisionadas e reprogramação do inconsciente.

Seja qual for a estratégia, o importante é compreender que é possível abandonar o ressentimento, e que isso traz benefícios não apenas para o nosso bem-estar emocional, mas também para a saúde física e mental.





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