Com temperaturas acima dos 35º graus de Norte a Sul do país, os próximos meses indicam que o Brasil passará por um dos verões mais quentes das últimas décadas.
Parte disso desse fenômeno se explica pela junção de fatores determinantes para as altas temperaturas: o aquecimento global e do fenômeno climático El Niño, responsáveis por impactar diretamente a temperatura dos oceanos e, consequentemente, o clima em todo o planeta.
Com previsão de calor acima da média na maior parte do Brasil em 2024, o as temperaturas tendem a chegar em alguns estados com ainda maior força do que nos meses passados.
Segundo o Instituto de Metereologia Metsul, o Centro do país e áreas do Norte e do Nordeste podem anotar temperaturas mais altas ou muito mais elevadas do que o habitual. Será um verão excepcional para os padrões históricos em muitas cidades de parte do Norte do Brasil, especialmente mais ao Sul da região amazônica, no Centro-Oeste, em muitas áreas do Sudeste e ainda em parte do Nordeste.
Quais são os riscos das altas temperaturas do verão?
É impressionante perceber como um clima extremamente quente pode afetar nossa saúde. Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e australianos revelou que as altas temperaturas correspondem a 7% das internações do SUS, um número bastante representativo. O ser humano possui mecanismos para regular sua temperatura corporal, como a dilatação dos vasos sanguíneos para liberar calor e a produção de suor, que resfria a pele pela evaporação. Quando estes mecanismos falham, podem ocorrer consequências graves, incluindo a morte.
Quem sofre mais?
Existem grupos que são mais sensíveis ao calor extremo, principalmente obesos, mulheres, crianças, idosos, diabéticos, cardíacos e pacientes renais. Profissionais que trabalham expostos ao sol também estão inclusos nesse grupo. Renda também é um fator de risco: pessoas sem acesso a ar condicionado, que vivem em casas mal ventiladas ou que precisam utilizar transportes públicos lotados têm mais chance de sofrer estresse térmico.
Como se proteger dessa onda de calor extremo?
Diante das perigosas ondas de calor que o Brasil experiência atualmente, especialistas recomendam evitar ao máximo a exposição ao sol e ao calor intenso. Característicos como refrescantes, as praias, piscinas e cachoeiras podem ser perigosos quando o termômetro dispara. O professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP, ressalta que a preocupação deve ir além da proteção da pele, pois não existem protetores para os órgãos vitais, como coração, rins e cérebro.
Entre as medidas recomendadas para reduzir os riscos do calor extremo, estão: evitar atividades ao ar livre no período mais quente do dia, usar roupas leves e de cores claras, beber água ao longo do dia e, se possível, ficar em ambientes climatizados.