O mercado financeiro reduziu sua previsão para a inflação de 2023, de 4,51% para 4,49%. A estimativa está abaixo do centro da meta de inflação, de 3,25%, mas ainda é alta. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18) no Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC).
O recuo da previsão foi influenciado pela queda dos preços das commodities, como o petróleo e o minério de ferro. Esses preços pressionaram a inflação em 2022, mas estão em queda desde o início de 2023.
No entanto, outros fatores ainda podem pressionar a inflação, como a alta dos juros e a desvalorização do real. Os juros altos encarecem o crédito, o que pode levar a uma redução do consumo e, consequentemente, da inflação.
Já a desvalorização do real faz com que as importações fiquem mais caras, o que também pode pressionar a inflação. A inflação acumulada em 2023 é de 4,04%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,68%.
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Taxa Selic
Para o mercado financeiro, a Taxa Selic (Juros Básicos da Economia) deve encerrar 2024 em 9,25% ao ano. A primeira reunião do Copom no ano que vem ocorre em 30 e 31 de janeiro. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.
A redução dos juros é uma tentativa do BC de estimular a economia, que foi prejudicada pela pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia. A queda dos juros também deve ajudar a reduzir o custo do crédito para as famílias e empresas, o que pode impulsionar o consumo e os investimentos.
No entanto, a inflação ainda é uma preocupação para o BC. A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A inflação acumulada em 12 meses até novembro é de 10,74%.
O BC espera que a inflação comece a cair no segundo semestre de 2023, com a queda dos preços das commodities e a desaceleração da economia. No entanto, o cenário é incerto e o BC está atento à evolução da inflação.
Crescimento da economia brasileira
A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2023, na comparação com o segundo trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado superou as expectativas do mercado financeiro, que projetava um crescimento de 0,0%.
Com o resultado, a economia brasileira já acumula crescimento de 3,2% no ano. O PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível antes da pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019.
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