Quando o Grupo Casas Bahia (BHIA3) aprovou um grupamento de ações, o objetivo da direção da varejista era claro: permanecer no Ibovespa.
Isso porque a ação da companhia amarga uma queda de mais de 70% no acumulado do ano.
Com isso, BHIA3 virou uma penny stock, como são chamadas as ações cotadas a menos de R$ 1.
No entanto, um dos critérios da B3 para a permanência de uma ação no Ibovespa é que ela não seja uma penny stock.
A Casas Bahia até tentou se antecipar. O grupamento foi aprovado pelos acionistas no fim de novembro.
No entanto, dias depois, a B3 divulgou a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa para o quadrimestre de janeiro a abril de 2024 sem a presença de BHIA3.
Casas Bahia acelerou cronograma do grupamento
A prévia fez soar o alarme da direção da empresa.
A Casas Bahia então antecipou o cronograma do grupamento e um acionista “misterioso” se dispôs a doar ações aos minoritários que restassem com frações de BHIA3.
Tudo para acelerar a operação e evitar sua exclusão do índice.
O grupamento passou a vigorar no pregão da última sexta-feira (15). E, embora BHIA3 tenha amargado um tombo de mais de 10% na sessão, o objetivo parece ter sido alcançado.
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Como ficou a segunda prévia do Ibovespa
Hoje, quando a B3 divulgou a segunda de três prévias de sua carteira teórica para o próximo quadrimestre, a ação da Casas Bahia estava de volta.
Nos primeiros movimentos do pregão desta segunda-feira (18), BHIA3 subia cerca de 1,5%.
Ainda resta uma terceira prévia, marcada para 27 de dezembro. Mas, a não ser que o papel simplesmente derreta até lá, o mais provável é que BHIA3 entre em 2024 seguindo como parte do principal índice de ações da B3.
Em relação à primeira prévia, além da volta da ação da Casas Bahia, a B3 manteve na segunda a entrada da Isa Cteep (TRPL4). Nenhuma ação foi excluída.
Com isso, o Ibovespa deve entrar em 2024 listando 87 ações de 84 diferentes empresas brasileiras.
De acordo com a administradora da bolsa brasileira, as cinco ações mais relevantes da nova carteira teórica são: Vale ON (14,152%), Petrobras PN (7,205%), Itaú Unibanco PN (7,005%), Petrobras ON (4,100%) e Bradesco PN (3,996%).