O que se sabe sobre a morte do Policial Militar após injeção em cidade na região de Ribeirão

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A Polícia Civil segue investigando o caso de um policial militar, de 35 anos, que morreu após receber uma injeção com medicamento, em Taquaritinga, cidade na região de Ribeirão Preto.

O caso aconteceu na última quarta-feira (13), após o policial ir até a residência de Tatiani Cristina Gonçalves, técnica em enfermagem, para que a mesma aplicasse uma injeção nele. A mulher chegou a ser presa em flagrante por suspeita de homicídio, contudo, foi liberada após audiência de custódia.

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De acordo com Renato Cândido Soares, delegado responsável pela investigação, foram obtidas imagens de uma câmera de segurança da residência, que mostram Edno passando mal poucos segundos após a aplicação da injeção (as imagens não foram divulgadas pela polícia).

“Ele estava sentado próximo a uma mesa, com um torniquete no braço. A indiciada se aproxima dele com a seringa, faz a aplicação intravenosa e em segundos ele já abaixa a cabeça, começa a passar mal e já cai. Nós acreditamos que ele tenha vindo a óbito neste momento”, disse o delegado em entrevista à EPTV.

Segundo o Soares, celulares e computadores da técnica de enfermagem foram apreendidos e devem passar por perícia. Além disso, testemunhas deverão ser ouvidas nos próximos dias.

 “Pessoas serão ouvidas, tem a questão das apreensões de celulares e computadores. Tudo isso vai para perícia e vai retornar, para que a gente entenda como foi a dinâmica, todos os detalhes, inclusive se há o envolvimento de outras pessoas”.

A polícia também aguarda os laudos do IML (Instituto Médico Legal) para esclarecer as causas da morte do PM. O corpo de Edno foi enterrado nesta sexta-feira (15), em Santana da Ponte Pensa.

Por que o policial contratou uma técnica de enfermagem?

De acordo com o boletim de ocorrência (BO) do caso, Edno teria sofrido um acidente de carro neste ano, o que causou fraturas em sua costela. Por causa de dores, ele teria passado a usar morfina.

A família do policial afirmou que ele teria contratado a técnica de enfermagem para fornecer a medicação controlada mediante pagamento e, também, fazer a aplicação regularmente.

A aplicação poderia acontecer na casa da técnica?

De acordo com o médico neurologista Maurício Milanesi Lofrano, diretor clínico da UPA de Taquaritinga, os medicamentos que haviam sido aplicados em Edno deveriam ser conduzidos dentro de uma unidade de saúde, para que fossem evitados efeitos colaterais, como o que causou a morte da vítima.

“Justamente, pelo que possa, ou não ter acontecido neste caso, da medicação ter dado efeito colateral”, explica o médico em entrevista à EPTV. “Medicações como essas devem ser feitas de uso exclusivo, dentro do hospital”.

De onde os médicos surgiram?

Na casa de Tatiani Cristiana, a Polícia Civil apreendeu soro fisiológico e ampolas de Cloridrato de Tramadol, que é um tipo de analgésico, semelhante à morfina.

A suspeita é que os medicamentos teriam sido desviados da Santa Casa da cidade, local em que a mulher trabalha. Devido ao suposto desvio, a técnica foi presa, pois, para a polícia, ela agiu com dolo eventual, que é quando a pessoa assume o risco de morte. (com informações da EPTV)

 

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