entenda o porquê da cidade estar afundando e o risco de colapso iminente podendo abrir uma cratera do tamanho do Maracanã

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Maceió em alerta: entenda o porquê da cidade estar afundando e o risco de colapso iminente podendo abrir uma cratera do tamanho do Maracanã
Maceió afundando (Imagem / Divulgação: Raphael Siqueira)

A Defesa Civil já alertou sobre o risco de colapso em Maceió, que poderia abrir uma cratera do tamanho do Maracanã. Já imaginou? A região mais afetada já foi evacuada, e mais de 55.000 pessoas tiveram que deixar suas casas.

Muita gente tá se perguntando: por que Maceió tá afundando?

A resposta tá na extração de sal-gema, vou explicar direitinho pra vocês entenderem. Lá embaixo, a cerca de 1200 metros de profundidade, é onde fica o sal-gema. A extração é feita injetando água nos poços, que dissolve o sal e forma uma solução salina. Essa solução é retirada, e o processo continua em outros poços.

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Tem um risco nesse método, quando esses poços se conectam, formam uma grande caverna subterrânea. Se não tiver pilares de sustentação suficientes, pode rolar um colapso. E é isso que tá rolando em Maceió. O solo tá se reacomodando, e isso pode ser de repente, formando uma cratera enorme, ou de forma lenta e contínua.

A situação atual

Por enquanto, o que a gente tá vendo é um afundamento progressivo. Mas os técnicos tão ligados que isso pode mudar e virar uma situação abrupta. Por isso, evacuaram a área de risco. E olha, esse método de extração pode ser mais barato, mas tem seus limites de segurança.

Maceió e o desafio do sal-gema: entre a riqueza mineral e o risco ambiental

Em Maceió, a extração de sal-gema, um recurso natural valioso, tem se mostrado uma faca de dois gumes. Por um lado, a atividade impulsiona a economia local e nacional, fornecendo matéria-prima essencial para diversas indústrias. Por outro, a técnica de dissolução usada para extrair o sal tem causado um verdadeiro rebuliço geológico, com riscos de afundamentos e colapsos.

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A técnica de dissolução, embora econômica, tem se mostrado uma dança perigosa com a natureza. A injeção de água nos poços para dissolver o sal cria cavernas gigantescas no subsolo. Essas cavernas, se não gerenciadas corretamente, podem levar a instabilidades geológicas sérias. Em Maceió, essa realidade já bateu à porta, com o solo cedendo de maneira alarmante. A cidade, que se equilibra sobre essas cavernas subterrâneas, enfrenta agora o desafio de lidar com as consequências dessa técnica de mineração.

A dança das camadas geológicas

Imagine camadas de solo, areia e rocha como um bolo delicado, onde a retirada de um ingrediente pode desequilibrar toda a estrutura. Em Maceió, a extração do sal-gema está fazendo exatamente isso. As camadas superiores estão se reacomodando, e essa movimentação pode ser lenta e gradual ou abrupta e devastadora.

Muitos se perguntam por que o preenchimento dos poços é feito com areia, e não com pedra, a resposta está na natureza do processo de dissolução. A areia permite um preenchimento mais homogêneo e seguro das cavidades criadas pela extração do sal, enquanto a pedra poderia não se acomodar tão bem, aumentando o risco de instabilidades.


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