pessoas com gene da doença apresentam sintoma em comum

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Gene do Alzheimer: Para entender relação entre olfato e doença, estudo levou em consideração tanto a capacidade de detectar um odor quanto a de identificar o cheiro que estava sendo sentido – iStock/Getty Images

Créditos: Getty Images/iStockphoto

Gene do Alzheimer: Para entender relação entre olfato e doença, estudo levou em consideração tanto a capacidade de detectar um odor quanto a de identificar o cheiro que estava sendo sentido – iStock/Getty Images

Em meio à produção de estudos sobre tratamento para o Alzheimer, cientistas identificaram que apresentam uma variante do gene associada ao maior risco da doença podem manifestar um sintoma em comum. Este sintoma está relacionado à perda precoce da capacidade de detectar odores.

A perda, de acordo com especialistas, pode indicar sinal de eventuais problemas de cognição. O estudo, publicado na revista médica Neurology, da Academia Americana de Neurologia, levantou que a variante do gene que tem ligação com esse risco de Alzheimer é chamada de APOE e4.

“Testar a capacidade de uma pessoa de detectar odores pode ser uma maneira útil de prever futuros problemas de cognição”, disse Matthew S. GoodSmith, autor do estudo, da Universidade de Chicago.

“Embora sejam necessárias mais pesquisas para confirmar essas descobertas e determinar qual nível de perda de olfato prediz o risco futuro, esses resultados podem ser promissores, especialmente em estudos com o objetivo de identificar pessoas com risco de demência no início da doença.”

Gene do Alzheimer

Para entender a relação entre a perda de olfato e a propensão ao Alzheimer, o estudo testou observou 865 pessoas – levando em consideração tanto a capacidade de detectar um odor quanto a de identificar o odor que estavam sentindo. A equipe aplicou os testes em intervalos de cinco anos.

Além disso, foram testadas as habilidades de pensamento e memória das pessoas, com cinco anos de diferença. Os resultados indicaram que as amostras de DNA deram aos pesquisadores informações sobre quem carregava o gene associado a um risco aumentado de Alzheimer.

Ou seja, as pessoas que carregavam a variante do gene eram 37% menos propensas a ter uma boa detecção de odor do que as pessoas sem o gene. Os pesquisadores levaram em conta outros fatores que poderiam afetar os resultados, como idade, sexo e nível educacional.

Outro ponto observado foi que os portadores do gene começaram a ter detecção reduzida de cheiros entre 65 e 69 anos. Nessa idade, os portadores do gene podiam detectar uma média de cerca de 3,2 cheiros, em comparação com cerca de 3,9 cheiros para as pessoas que não carregavam o gene.

As pessoas portadoras da variante do gene não mostraram dificuldade na capacidade de identificar o odor que estavam sentindo até atingirem a idade de 75 a 79 anos. Quando começaram a perder a capacidade de identificar odores, a capacidade dos portadores do gene diminuiu mais rapidamente do que aqueles que não carregava o gene.

Outros sintomas

Dois quesitos indissociáveis à condição do Alzheimer também foram objeto de estudo: habilidades de pensamento e memória. Mas, como esperado, aqueles que carregavam a variante do gene experimentaram declínios mais rápidos em suas habilidades de pensamento ao longo do tempo do que aqueles sem o gene.

De acordo com os pesquisadores, identificar os mecanismos envolvidos nessas relações ajudará a entender o papel do olfato na neurodegeneração.





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