O lipedema é uma condição caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura nas pernas ou nos braços, em comparação com o tronco. Geralmente, as mulheres são as que mais estão propensas a ter a doença. A condição pode causar dor e desconforto, diminuindo a qualidade de vida.
Segundo os especialistas, a causa exata ainda não é conhecida, acredita-se que pode estar relacionada com alterações genéticas, metabólicas, hormonais ou inflamatórias.
Os principais sintomas da lipedema são:
- Acúmulo de gordura nas duas pernas, glúteos, quadril e tornozelos;
- Inchaço dos membros afetados e dor no local ao tocar ou caminhar;
- Dificuldade para caminhar devido à gordura acumulada;
- Presença de nódulos, que são identificados ao apalpar a região;
- Dor nas articulações;
- Perda de elasticidade da pele;
- Sensação de pernas pesadas;
- Pequenos ‘vasinhos’ vermelhos ou roxos sob a pele;
- Bolsas ou caroços de gordura acima ou abaixo do joelho.
A doença acaba afetando a mobilidade, compromete a capacidade dos pacientes de perder a gordura localizada por meio de exercícios e atividade física.
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), alguns estágios da vida são mais propícios ao seu desenvolvimento, como a puberdade, gravidez e menopausa, justamente por se tratar de um problema que tem sua origem no sistema endócrino. A alimentação também é um fator de grande influência para sua evolução.
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Tratamento do lipedema
O tratamento da doença demanda dieta restritiva e continuada, como a de pacientes hipertensos ou com diabetes, mas focada em alimentos com ação anti-inflamatória, como frutas e vegetais frescos e com a exclusão de açúcares e certos tipos de gorduras.
Será preciso criar uma rotina de exercícios, sobretudo aeróbicos e de baixo impacto, melhorando a circulação e acarretando menor acúmulo de gordura nas regiões afetadas.
As cirurgias vasculares e de lipoaspiração específica para lipedema são os tratamentos que trazem o maior benefício aos pacientes em estágios mais avançados. São recomendados, também, procedimentos de drenagem linfática e uso de dispositivos de compressão elástica para reduzir o inchaço e estimular a circulação.
Lembrando que nenhum tratamento deve ser realizado sem a orientação de um médico ou clínico geral.