Luiz Paulo Tupynambá *

Nos dois textos anteriores que publiquei nesta coluna, falei um pouco sobre a história da Palestina, o primeiro falando sobre o lado judeu (publicado em 20 de outubro deste ano) e segundo, sobre o lado palestino (publicado na sexta seguinte). Sempre envio os textos para o Tribuna um dia antes de serem publicados, mas os feriados deste semestre teimaram em cair justamente nas sextas-feiras, para alegria dos afortunados que puderam desfrutá-los. Mas vamos nessa.
O tripé formado pelas chamadas Religiões Abraâmicas, as religiões monoteístas, com origem comum na personagem bíblica Abraão. A primeira data do sétimo século antes de Cristo. É o Judaísmo, base das outras duas religiões. A segunda é o Cristianismo, que começou a espalhar-se da região palestina para o mundo ocidental ainda no Império Romano, no primeiro século de nosso calendário. Quase mil e quatrocentos anos depois do surgimento do Judaísmo surge, na atual Arábia Saudita, o Islamismo. Tendo como figura central Maomé (Muhamad, em árabe), considerado como o Profeta de Alá. Ou seja, aquele que professou e espalhou a nova doutrina religiosa.
Judeus e Cristãos compartilham um livro em comum, o primeiro testamento da Bíblia, chamado de Torá pelos judeus. Escrito em hebraico e aramaico, o Torá não deve ser traduzido, por risco de perda do sentido real de alguns trechos. Para os cristãos a Bíblia pode ser traduzida (existem mais de quatrocentas traduções e adaptações) para que a Palavra de Cristo atinja maior número de pessoas no mundo. O Corão (Al Quran, em árabe), o livro sagrado dos muçulmanos, é um compilado que contém as palavras recebidas pelo profeta Muhammad diretamente de Deus (Alá) entre os anos de 610 e 632 da era cristã. Sua tradução é permitida, desde que passe pela aprovação da Liga Muçulmana Mundial, sediada em Medina, cidade da Arábia Saudita, vizinha à Meca. A primeira versão em português aprovada foi lançada em 2004.
Em comum, as três religiões tem a Palestina como uma região sagrada. Jerusalém é capital religiosa da Terra Prometida para Israel. Jesus nasceu em Belém (hoje parte da Cisjordânia), foi supliciado e enterrado em Jerusalém, que, ao lado de Roma, são as duas cidades mais importantes para os Cristãos. Para os muçulmanos foi o destino de Maomé em jornada noturna e de sua ascensão aos céus levado pelos anjos para receber ensinamentos de Alá. Aqui fica a Mesquita de Al Aqsa, com seu domo dourado. É considerada a terceira cidade mais importante do Islamismo.
Essa origem comum da religião, longe de fazer os povos convertidos viverem em harmonia, tornou-se motivo de dissenção, intolerância e violência. Em toda a sua história, por ser uma região de intenso fluxo de bens comerciais, a Palestina, sempre foi objeto de cobiça de reis, imperadores e outros tiranos. E a religião foi a arma utilizada para justificar guerras e revoltas, invasões e expulsões. Para se fazer a guerra é preciso ter armas, dinheiro e combatentes convictos de que sua causa é mais justa e digna do que a do inimigo. E a religião sempre foi o melhor propaganda de todas as causas.
Os cristãos dominaram essa região a partir de 324 d.C., quando Constantino, que era cristão, reunificou o Império Romano e pacificou a área. Durante pouco menos de trezentos anos a Palestina viveu um período de relativa paz. Várias das principais igrejas foram construídas nessa época, como a Basílica do Santo Sepulcro, no Gólgota, local do suplício de Cristo. A Palestina tornou-se um lugar de peregrinação e muitos habitantes da região converteram-se ao Cristianismo. Porém, depois de uma longa campanha militar, os árabes conquistaram a Palestina para o Islamismo após vencerem a Batalha de Jarmuque, em 636, consolidada com a rendição de Cesárea e Jerusalém em 640.
Depois disso, a presença cristã na Palestina só foi importante durante o período das Cruzadas, com maior ou menor sucesso. Alguns reinos cristãos chegaram a se estabelecer, porém, não duravam muito tempo, sendo confrontado por uma série de reinos e califados islâmicos. Foi uma época de muitas guerras e campanhas, que contribuíram para o empobrecimento e sofrimento da população palestina. A conquista da Palestina e do Egito pelo Império Otomano, por volta de 1515, aprofundou a pobreza e o declínio da Palestina.
Esse domínio só foi abolido em 1918, com a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial. A região foi dividida em dois Protetorados (Mandatos), entre a França (norte) e Inglaterra (sul). Os cristãos estavam de volta, mas o Movimento Sionista já estava presente também desde o final do século XIX, trazendo cada vez mais judeus para habitarem a região da Terra Prometida. Judeus e palestinos começaram a se armar, constituindo pequenos exércitos em forma de milícias. Com a proclamação do Estado de Israel em 1948, pela Assembleia Geral da ONU, estourou a guerra entre palestinos e judeus. Sim, é a mesma que está acontecendo (ou continuando) agora. É uma guerra intermitente e ao que parece, só vai ter fim quando só restar um povo. E, pelo jeito que as coisas andam, Jeová cumprirá o que prometeu ao seu povo.
Mas, e os palestinos? Ora essa, quem, de verdade, se importa com os favelados do mundo, como são hoje os palestinos? Falem esses favelados árabe, português, hindu, inglês ou qualquer outro idioma? Ninguém.
*Jornalista e fotógrafo de rua
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